Skip to main content

Tag: higiene bucal

Peri-implantite: a temida infecção no implante dentário

Certamente a reabilitação com implantes dentários é a melhor forma de repor dentes perdidos. Entretanto, a terceira dentição, assim como a dentição natural, está sujeita a ter problemas, como por exemplo a infecção no implante dentário, caso não haja cuidados diários de higiene e hábitos saudáveis, assim como falta de manutenção profissional periódica.

A infecção peri-implantar, ou simplesmente peri-implantite, são manifestações patológicas dos tecidos em torno do implante dentario causada por microrganismos. Inicialmente, a peri-implantite se manifesta por um processo inflamatório destrutivo que afeta tecido mole (gengiva) e osso ao redor do implante. Com a destruição gradual dos tecidos, ocorre perda óssea e de suporte do implante, que pode ficar com mobilidade e até cair.

Os primeiros sinais clínicos de que pode indicar que pode estar acontecendo uma peri-implantite são: mucosite (inflamação e ulceração gengival localizada em torno do implante). Visualmente, a gengiva se mostra vermelha e inchada. Sangramento a sondagem (procedimento em que o cirurgião dentista, implantodontista, insere a ponta de uma sonda no espaço ente gengiva e implante) também é um sinal.

Em uma condição mais avançada, a peri-implantite apresenta outros sinais mais preocupantes: defeito ósseo em forma de cratera, como também sangramento e/ou supuração (saída de pus) e profundidade superior a 4mm durante o exame de sondagem.

sondagem de implante com periimplantite 50kb
Mucosite: Sondagem de implante com sinais sugestivos de peri-implantite: sangramento, gengiva inchada, avermelhada e retraída.
periimplantite 50kb
Radiografia de implantes evidencia um defeito ósseo em forma de cratera e torno de um implante. Junto com outros sinais clínicos, pode sugerir quadro de peri-implantite. A perda óssea ocorreu em metade da área de rosca de um dos implantes e se avançar, certamente colocará a estabilidade do implante em risco.

Condutas em caso de peri-implantite: é possível realizar enxerto para repor osso e gengiva?

Primeiramente quando a pessoa recebe a notícia de que seu implante está com peri-implantite, é comum que haja muita preocupação e surjam questionamentos, como por exemplo, se haveria um tratamento para recomposição do volume ósseo perdido ou se a perda óssea e gengival poderia ser regenerada por enxertos ósseos.

O plano de tratamento da peri-implantite é condicionado conforme o estado da perda óssea. Em geral, o tratamento consiste em retirar toda placa e tártaro da superfície do implante, fazer uma limpeza de modo que a superfície fique totalmente desinfectada.

Esse procedimento é essencial não apenas para prevenir a progressão do problema, como também para preparar a região do defeito para os procedimentos regenerativos, quando há indicação.

O procedimento para tentativa de regeneração da região peri-implante consiste na descontaminação da superfície do implante dentário, e medicações anti-inflamatórias e antibiótica quando necessários. Após este preparo, o enxerto ósseo pode ser realizado. Entretanto, pelo fato do histórico infeccioso, a pessoa com enxerto precisará de avaliação sistemática.

O preenchedor mais indicado para esses casos é o enxerto ósseo liofilizado em pó combinado com uma membrana de matriz de colágeno suíno que ajuda na regeneração de tecidos moles.

Fique tranquilo: os materiais para enxerto osseo, citados acimas são seguros para uso no organismo humano, pois são preparados por alta tecnologia, e esterilizados por raios gama, resultando em biomateriais livres de qualquer agente contaminante.

Quais são as perspectivas de sucesso do enxerto para tratamento da peri-implantite?

O paciente que é acometido por peri-implantite precisa de tratamento rápido e acompanhamento profissional por meio de consultas frequentes ao dentista. Nesse sentido, deve seguir as orientações do cirurgião dentista, e principalmente, se empenhar na rotina diária de higiene oral, e abandonar hábitos nocivos a saúde bucal, como por exemplo o tabagismo, o procedimento de enxerto para peri-implantite tem grandes chances de serem mantidos. Observe abaixo um caso em que foram utilizados biomateriais Geistlich (ósseo e membrana de colágeno).

enxerto peri implantite periimplantite50kb
Defeito ósseo gengival, procedimento de enxerto e volume ósseo estável após 6 anos. Imagens radiográficas mostram a regeneração óssea (Prof. Giovanni Salvi – Berna, Suíça)

Quais são as causas e como evitar a peri-implantite?

O risco de desenvolver peri-implantite é maior em:

As melhores formas de evitar a peri-implantite são:

  • Adotar práticas de boa higienização, inclusive para quem usa prótese protocolo com limpeza profissional com a remoção da prótese fixa sobre implantes. E inclusive o uso de escova interdental.
  • Comparecer as consultas periódicas
  • Ter atenção máxima aos possíveis sinais de problemas, como gengiva inchada, sangrando com facilidade, mau cheiro, supuração (saída de pus), etc.
  • Abandonar hábitos nocivos à saúde bucal, como por exemplo o fumo. As substancias do cigarro e outros fumos prejudicam a circulação e a resposta imunológica em quadros de infecção.

Entre em contato com a Clinica Odontologica ImplArt e faça o agendamento de sua consulta para acompanhamento de seus implantes. Somos uma Clínica dentária especializada em implantes, que utiliza muito conhecimento e as mais modernas técnicas para realizar seu tratamento com muita dedicação e responsabilidade.

10 motivos para sentir dor nos dentes

Sentir dor nos dentes é uma das experiências mais incômodas na vida de qualquer pessoa. A presença dela atrapalha a concentração, o sono, o humor e até as atividades normais do dia a dia. Portanto sanar a fonte de dor e resolver os problemas que a estão causando, torna-se o objetivo principal do tratamento dentário.
Existem vários motivos que podem culminar em dor nos dentes. Listamos abaixo os 10 principais motivos para dor no dente:

1 – Sensibilidade dentária à temperatura

Está quase sempre relacionada a algum desgaste do esmalte dentário que expõe a dentina e os nervos. Pode surgir em contato com alimentos bem como com bebidas quentes ou geladas. A dor é repentina e aguda.

Tratamento: evitar consumir alimentos e bebidas muito frias ou quentes. Existem no mercado cremes dentais específicos para sensibilidade dentária, que podem ajudar a reduzir a sensibilidade. O creme dental atua na superfície da dentina e nos microtúbulos dentinários como um selante mineral que ajuda a bloquear estímulos que causa dor nos dentes bem como sensibilidade.

2 – Retração gengival

A gengiva é um tecido que recobre ossos e a raiz do dente. Dessa forma tem um papel fundamental para proteção das terminações nervosas dos dentes. Quando a gengiva sofre um reposicionamento, ela pode retrair expor parte da raiz dentária, deixando os dentes suscetíveis a sensibilidade e dores principalmente ao frio /gelado, calor ou doces.

A retração gengival pode ocorrer por consequência de escovação utilizando muita força (esfregar os dentes com muita força) ou utilização de escovas com cerdas duras, ou então por problemas funcionais, como por exemplo má oclusão dentária ou bruxismo, entre outros.

Dica: gengivas retraídas expõem as raízes à ação de ácidos da alimentação como sucos de limão e laranja, que causam dores de dente (veja mais abaixo sobre erosão química).

Tratamento: escovar os dentes com movimentos suaves e sobretudo com cerdas macias para evitar o avanço da retração. Importante é agendar uma consulta para que dentista possa avaliar o que está causando a retração para indicar o tratamento mais adequado.

A retração gengival expõe as raízes dentárias

3 – Cárie dentária

A cárie leva à deterioração do esmalte dentário por atividade bacteriana (Streptococcus mutans) presente principalmente na placa bacteriana e no tártaro aderida na superfície dentária.

Em casos avançados, a cárie atinge estruturas mais profundas do dente, como por exemplo dentina, raiz, gengiva e osso. A dor relacionada a cárie avançada pode ser mais constante (pontadas) do que as dores de sensibilidade que são mais repentinas.

Tratamento: visitas regulares ao dentista ajudam certamente a identificar cáries em estágio inicial. Cáries avançadas precisam ser avaliadas pelo dentista que irá indicar o tratamento mais adequando, que pode ser desde uma simples restauração, até o tratamento de canal.

4 – Gengivite (infecção gengival) e Periodontite

A gengivite é caracterizada por causar inflamação, vermelhidão e até sangramento na gengiva. Isso ocorre por irritação na gengiva em razão de atividade bacteriana, normalmente presente na placa e tártaro que se acumulam nos dentes por consequência de má escovação e maus hábitos de higiene bucal.

A gengivite também é um forte sintoma de doença periodontal, que é quando as bactérias atingem outras estruturas dos dentes, como por exemplo raiz e osso.

A deterioração dos ossos deixa os dentes moles e eles podem até cair, sendo que a dor das gengivas em geral é um latejamento.

Tratamento: visitas regulares ao dentista ajudam a identificar gengivite e periodontite em estágio inicial. O tratamento adequado depende do grau do problema. Pode ir desde uma simples limpeza profissional para remover os focos infecciosos, até a extração dos dentes moles para substituição com implantes dentários.

5 – Erosão dentária mecânica ou química

Uma dieta rica em alimentos e bebidas ácidas (erosão química), escovação excessiva dos dentes (erosão mecânica) e outros fatores estão entre as principais causas da erosão dentária.

Nesta condição, o esmalte que reveste e protege os dentes começa a se desgastar, porém não é capaz de se recompor. Por consequência há exposição da dentina, o que pode levar a uma dor aguda.

Dica 1: consumir sucos ácidos como limão ou laranja com frequência aumenta muito a sensibilidade dentária! Não exagere!

Dica 2: escovar os dentes com carvão desgasta o esmalte dos seus dentes!

Tratamento: para evitar o problema ou piora, recomenda-se reduzir a ingestão de alimentos ácidos, beber bastante água e escovar os dentes após as refeições.

6 – Fratura no dente

Dependendo do tipo de fratura dental, a dentina pode ficar parcialmente exposta e causar sensibilidade dor.

Tratamento: precisa ser avaliado por um dentista para indicar a conduta mais adequada para dentes quebrados, que pode variar entre uma restauração de resina, um tratamento de canal, uma coroa dentária ou até indicar a extração do dente.

dente quebrado o que fazer 50kb
A fratura dental pode deixar os dentes doloridos

7 – Infecção sinusal ou sinusite

Ao passo que seios se inflamam e se enchem de pressão da infecção, eles podem comprimir as terminações nervosas dos dentes e causar dores.

Tratamento: precisa de avaliação médica ou odontológica para ministrar os medicamentos necessários (ou procedimentos).

8 – Bruxismo e ranger de dentes

Distúrbio parafuncional que leva ao portador a ranger os dentes ou aperta-los. Sem tratamento, o bruxismo causa desgaste dos dentes, retração gengival e sobrecarga não apenas nos dentes, como também nas articulações (ATM) e músculos faciais.

Tratamento: precisa de avaliação odontológica. Pode ser indicada uma placa miorrelaxante para aliviar os sintomas e evitar a progressão do desgaste. Em alguns casos, o tratamento do bruxismo precisa envolver um trabalho multidisciplinar.

O bruxismo dental desgasta os dentes exibindo camadas internas de dentina que são mais sensíveis

9 – Procedimentos dentários

Restaurações recentes ou trabalhos com dentes que envolvem perfuração podem temporariamente causar dor nos dentes por tornar as terminações nervosas mais sensíveis. A sensibilidade de um procedimento de restauração dentário pode durar até duas semanas.

Tratamento: o dentista precisa avaliar cada caso para indicar uma conduta.

10 – Clareamento dos dentes

Alguns tipos de clareamento dental podem causar sensibilidade temporária, mas a boa notícia é que ela deve desaparecer em poucas horas. Leia sobre clareamento dental sem sensibilidade.

Tanto o clareamento dental caseiro como o clareamento a laser podem promover algum grau de sensibilidade nos dentes (leve). Entre em contato com o dentista se tiver:

  • Dor de dente que dura mais de 48 horas
  • Dor latejante ou aguda, dor nos dentes que não desaparece ou então dor que não cede com analgésicos
  • Enxaqueca ou dor de cabeça que se estende aos dentes
  • Dor no dente acompanhada de febre

Se estiver com dor nos dentes, procure o dentista. Embora geralmente não represente uma emergência odontológica, os dentes devem ser examinados por um dentista para descartar algumas das causas mais graves. Não descuide da sua saúde bucal. Agende sua consulta com a nossa equipe.